Arquitetura em Simbiose com a Natureza - Ecoparque Industrial Natura

 Parque Ver a Vida do Grupo Natura na Amazônia tem arquitetura sustentável tendo como conceito a Simbiose com a NATUREZA  e a autossuficiência.



O Parque Industrial Ver a Vida foi projetado pelo Escritório Gesto Arquitetura após ter superado um afinado concurso fechado conduzido pela empresa Natura em 2010. A implantaçã do projeto sobre uma área de 178 hectares ( equivalente a 144 campos de futebol) está em andamento por fases. Para tal, foi criado um Plano Diretor de Ocupação gerenciado por Newton Massafumi Yamato e Tânia Regina Parma, arquitetos titilares do Gesto Arquitetura.

A idéia da indústria Natura foi criar um complexo que levaria inovação, tecnologia e principalmente geraria emprego e melhor qualidade de vida na região além de ter o privilégio do consumo de água de excelente qualidade para a produção.

"A ideia da Natura foi fazer um parque industrial onde a palavra chave fosse simbiose",  explica Newton.



Foi planejado também um loteamento para futuras instalações industriais complementares, que possam trocar matérias-primas entre elas atuando de forma inteligente em produção e logística. Essas indústrias terão em comum as áreas de lazer, esportes, atividades, serviços e fluxos de funcionários e visitantes já implantadas na primeira fase de construção.
 Além de simbiose, a outra palavra que norteia este projeto é autossuficiência. Poder suprir aos trabalhadores de serviços como creches e áreas de educação, produzir energia e captar água da chuva para ser aproveitada nas atividades cotidianas do complexo. Neste contexto de autossuficiência a integração de atividades acontece na área comum do empreendimento que conta com cozinha, restaurante, ambulatório, quadras, academia, churrasqueira, teatro de arena, núcleo de eventos e centro tecnológico, além de creche.


Um elemento construtivo único organiza todos os programas coletivos: chamado de ícone pelos arquitetos e é composto por peças de madeira laminada repetidas e arranjadas circularmente, que se abrem no topo e produzem sombra, como uma árvore. Serve de cobertura de descanso para as atividades dos diversos edifícios.

"É um elemento captador. Como as árvores, ele capta sol e a água das chuvas", esclarece Newton. A água é armazenada em tanques para reuso e a luz do sol é transformada em energia para iluminação.


O Plano Diretor também define que as margens do terreno devem ser reflorestadas - o espaço estava completamente desmatado -, separando somente a porção central para ocupação.





O projeto de mobilidade foi feito de maneira a separar os diferentes fluxos de logística. Os caminhões chegam por vias exclusivas, que conectam com áreas de carga e descarga das fábricas. Os automóveis particulares e os ônibus têm estacionamentos próprios e não circulam pelo terreno. A circulação interna dos funcionários e visitantes é feita por carros elétricos e por ciclovias, providas de bicicletários a cada tanto, além, é claro, dos caminhos arborizados para pedestres.

Esse projeto é uma alerta para empresários e arquitetos, e convida a reflexão sobre o uso consciente de recursos nos projetos. A escassez de água é uma questão relevante no mundo e deve ser observada com atenção.

Um dos motivos para que as indústrias se instalem na região de Benevides é justamente a facilidade do abastecimento de água. Mesmo assim, a água utilizada pela fábrica está sendo tratada, e a água da chuva, reaproveitada. Medidas que, longe de serem supérfluas, economizam recursos naturais e financeiros.

Com
Ficha Técnica Projeto

ÁREA DE PROJETO 21.860 m²
ÁREA POTENCIAL DE URBANIZAÇÃO 1.000.000 m²
ÁREA COMPARTILHADA 550 mil m²
ÁREA DE PRESERVAÇÃO 728 mil m²
ÁREA DE TERRENOS 450 mil m²
ÁREA TOTAL 1.728.000 m²
PROJETO setembro 2010 a dezembro 2012


fonte: Gesto Arquitetura 


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