Mestre é o Plano! - Maringá do Futuro com Jefferson Nogaroli



Existem pessoas que por algum motivo determinam o rumo da vida de outras pessoas. São visionários, empreendedores, líderes que reconhecem em algum momento que o maior bem chega a partir do bem coletivo. Gente que pensa diferente, e que por isso, faz a diferença....



Deixa eu explicar melhor. Em novembro do ano passado tive a oportunidade de poder colaborar, com minhas ideias,  para a realização de uma revista aqui de Maringá. Ao dialogar sobre a linha editorial pedi para falar de futuro. Gosto da ideia de planejar o futuro, e insisto nesse ideal. Meu pedido foi aceito, e aí surgiu o desafio. Pensei, pensei e elaborei mais uma vez meu plano santo. Iria entrevistar os líderes da sociedade organizada de Maringá que doam ou emprestam seu tempo à sociedade. A lista veio munida de nomes fortes e quase impossíveis de alcançar. No topo estava o empresário Jefferson Nogaroli, quem, por minha surpresa, me recebeu sem demoras em sua sala na Presidência do Siccob. Eu ainda não sabia direito o que iria fazer, nem mesmo como seria a matéria que iria escrever. De alma aberta falei, e falei, e falei... o empresário, por sua vez, ouvia e contava, relatava, explicava assuntos da atualidade. Naquele momento, todos os fios soltos e emaranhados se ligaram. Tive, acho, uma visão do futuro. A partir daí foi fácil percorrer o caminho para não só escrever a matéria Maringá do Futuro, como me engajar com todo o processo. Nem sei se estarei aqui quando esse tão projetado futuro chegar, mas isso não importa. O mundo não é meu, e nem é pra mim. É pra humanidade. Para os que virão. Pensando nisso imagino como será nosso clima, nossas terras, nossa água, mas o que mais me comove é pensar em como será nossa humanidade. Seremos gentis com o próximo e com planeta? Seremos respeitosos? Como será a nossa sociedade? O que ela irá precisar? Bom.... rsrs... para 2047, que nem falta tanto tempo assim, acredito que será tudo mais ou menos parecido com hoje, mas, se depender de pessoas como Nogaroli ou Wilson Yabiku, ou Edson Cardoso, entre outras, será muito melhor que hoje. 

Aprender com o passado e reinventar-se é criar sistemas resilientes. Isso não é garantia de infalibilidade, mas certamente é garantia de que será mais forte, mais humano e mais amável!











Ponto de Vista 

Jefferson Nogaroli – Presidente do Sicoob Paraná e Conselheiro Consultivo do Masterplan
Participei em 97 do Movimento Repensando Maringá que originou no Maringá 2020, estive também em 2008 no Maringá 2030, e hoje participo ativamente na criação desta visão de Maringá do Futuro. Para entender essa equação devemos nos reportar nos resultados das propostas e diretrizes criadas em 1997 e 2008. Em 1996 Maringá tinha 14.000 alunos universitários, fixamos o número de 80.000 para 2020, que considerando os alunos do ensino à distância graduados nas instituições de ensino da cidade já chegam a 100.000! Propomos fundar um banco comunitário e criamos o Sicoob. Essas diretrizes desenhadas pela sociedade organizada entram no subconscientecoletivo e são realizadas. Assim aconteceu com outras propostas feitas naquela época. Em 2010, reunidos começamos a pensar em preparar a cidade para as gerações futuras. Pensamos em 2047 que é quando Maringá completa 100 anos. Pensamos em um Masterplan urbanístico e arquitetônico. Na época identificamos a necessidade de fazer um planejamento maior. Um exemplo é Barcelona. Recebe mais turistas em um ano que o Brasil inteiro. Outro exemplo é Bilbao. A sociedade traçou estratégias para entrar no circuito mundial das artes e de turismo e conseguiu.O que fica claro observando outras cidades com estratégias bem-sucedidas era que não bastava um plano arquitetônico atraente, era preciso uma estratégia de desenvolvimento onde o Masterplan seja apenas a manifestação da estratégia. Primeiro era iminente a contratação de uma empresa de experiência internacional e pluricultural, para fazer um levantamento sócio-econômico para Maringá, para então, pensar em um planejamento urbanístico e arquitetônico. O primeiro desafio foi levantar recursos para viabilizar a primeira etapa do processo que será entregue no inicio de 2016.

Eurogarden - Projeto Archi5 

Penso nas cidades como seres vivos. As artérias são como as avenidas, se não tomarmos cuidado teremos interrupções de vias, que seria quase como um AVC. Ou seja, se não cuidarmos a cidade vai degradando, vai ficando velha.

Agregar valor nos setores em que temos vocação é a ideia para o Masterplan. Moda, Agroindústria, tecnologia e serviços. Se focarmos no ensino, vemos claramente que temos uma vocação muito grande. Observe que 10% da nossa população faz curso superior. É um dos maiores índices do país. Isso atrai indústria de pesquisa; de biotecnologia; de medicina, de tecnologia. O escopo do plano sócio-econômico é justamente entender o que devemos ter para atrair investidores deste tipo. Precisamos da arquitetura como precisamos internacionalizar a cidade atraindo gente de diferentes países, criando oportunidades para intercâmbios. Existem setores que não adianta atrair pois não seriam competitivos. Setores que precisem de uma forte logística e transporte. O mar não irá chegar até aqui. Esse tipo de tentativa é participar de uma guerra inglória. A cidade precisa ser atrativa para setores que agreguem qualidade de vida e crescimento sustentável. Mas como devemos nos preparar para atrair esse tipo de investidores? Precisamos ter diferenciais competitivos. Penso em ciclovias. Muitos quilômetros de ciclovias fazem a diferença em uma cidade. Penso em escolas bilíngües que possam receber filhos de dirigentes de multinacionais. Penso na educação. Alto índice de pessoas graduadas e pós-graduadas. Penso na segurança. A cidade tem um dos menores índices de criminalidade do país, isso atrai pessoas para morar aqui. Penso em arborização;paisagismo; em conforto viário; no Veículo Leve sobre Trilhos (VLT); na saúde preventiva e geriátrica de qualidade. Penso no cenário cultural e gastronômico. Em um centro tecnológico. Penso em uma cidade limpa e sustentável; com baixa emissão de carbono; com foco em turismo cultural e de conhecimento.


“O copo está meio cheio! Maringá tem todas as condições de ser a bola da vez.Do ponto de vista econômico faz todo sentido viver em Maringá. Temos vôos diários para as principais capitais do país. É preciso muito pouco para melhorar ainda mais a qualidade de vida nos quesitos segurança, saúde e educação e todos os indicadores econômicos mostram que a cidade tem uma dos maiores crescimentos do país. Maringá é uma cidade que encanta!” - JeffersonNogaroli.

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