Mestre é o plano com Renato Leão

Curiosa como sabem, não hesito em questionar mil coisas sobre o mesmo assunto. E até obter exaustivas respostas fico divagando e viajando sobre o mesmo assunto. É assim que tudo isso começou. Isso! Há uns três anos e meio envoquei em fazer uma matéria com Thomas Dryjski, um dos arquitetos do escritório francês ARCHI5 que preparou o projeto do EUROGARDEN para Maringá. De lá pra cá a curiosidade só aumenta. Penso sinceramente que o futuro se planeja hoje. O próximo passo foi colocar as informações em ordem para criar uma série de justificativas que servem de luz para escolher o caminho do master planejamento; que irá delinear uma visão de futuro para Maringá e Região. Aí segue a explicação de Renato Leão, professor e super entendido do assunto. 
- trechos da matéria para a Revista do Prêmio Sinduscon 2015. 

Mestre é o plano
Renato Leão Rego, Doutor em Arquitetura, Professor Titular do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UEM e Pesquisador do CNPq, visando colaborar com este material, explica a diferença na prática, expõe um modelo bem sucedido e apresenta seu ponto de vista.

O ‘plano mestre’ é o que no Brasil se conhece como plano diretor. O plano diretor no Brasil acabou se restringindo a questões mais prementes, de natureza legal, e talvez daí venha uma possível distinção com um ‘masterplan’, que, na origem, é entendido como um documento abrangente e de longo prazo que guia ou instrui a expansão, a evolução da cidade delineando sua vocação, seu potencial e seu perfil, explica.

“O masterplan é uma prescrição. A repercussão, positiva ou negativa, virá da implantação daquilo que for prescrito. Isso vai requerer investimento, colaboração, trabalho conjunto, e atenção às demandas locais, da comunidade em geral” – Renato Leão Rego.




Esse tipo de estratégia pode dar certo?

Um exemplo de sucesso pouco lembrado é Bilbao. A cidade industrial do norte da Espanha havia perdido potencial produtivo, capital e investimento por conta do terrorismo, sequestros a empresários e dos atentados a cidadãos. Paralelamente à ação do governo espanhol contra o terrorismo, a cidade desenvolveu e programou um masterplan que colocou Bilbao na rota turística internacional. Parte do masterplan era implantar um grande museu (no caso, uma filial do Museu Guggenheim de Nova York), criar uma nova estação ferroviária, um novo aeroporto, revitalizar a margem do rio que corta a cidade – e com isso recuperar a economia deteriorada. Deu certo. E a arquitetura teve um papel fundamental nesta iniciativa: grandes arquitetos foram contratados para construir uma cidade melhor, mais bela, mais eficiente.


Ponto de Vista - Maringá do Futuro 
Inteligente e Verde

“Eu penso em uma Maringá do futuro como uma cidade inteligente que saiba aprender com o seu passado: com isso me refiro a uma cidade que retome a conexão regional ferroviária da qual ela nasceu; que invista nos parques urbanos e preserve o verde das ruas, que fazem parte da identidade da cidade; que aumente as áreas livres, que aqui sempre foram abundantes. Maringá foi planejada com os princípios mais ‘avançados’ do urbanismo da época; estes princípios estão na base do urbanismo ecológico que se quer fazer hoje.” – Renato Leão Rego.

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