Caminhos jamais transitados
Domingo passado, Dia das Mães,
não hesitei nenhum segundo antes de ir a missa. Chegando lá sob uma chuva
torrencial percebi que haviam poucas pessoas. A Missa teve inicio no horário,
afinal, o ritual deve começar respeitando os presentes. Digo ritual porque é
assim que vejo essa prática católica que tanto aprecio. Chego, escolho um
lugar, os hinos começam e em seguida dão inicio as orações e as leituras. Toda
vez igual. Essa repetição induz meu coração a desacelerar. Me leva a uma
espécie de transe onde sei exatamente o que irá acontecer na seqüência. Meus
sentidos se acalmam dando astucia à audição. Escuto. E novamente o Padre Altair
me enche de alegria. Seus sermões caem sempre como uma luva. Ele fala a Palavra
de Deus com o coração, conseguindo com isso acariciar o mais profundo do âmago
de todos os fiéis atentos e disponíveis.
Neste domingo, em especial, falou sobre o auto-perdão como a maior prática da fé.
Neste domingo, em especial, falou sobre o auto-perdão como a maior prática da fé.
“ Se nem mesmo você consegue se perdoar, como pedir o perdão a Deus?”
Claro que Deus, nas infinitas formas que o imaginamos, é ser divino e capaz de
realizar o impossível, para quem crê. No entanto, para que o verdadeiro milagre
se manifeste deve acontecer dentro de cada um de nós. “O perdão é a forma mais potente de amor. Através do perdão, primeiro a
si próprio, construímos uma ponte para unir a nossa humanidade a divindade do
Cristo, do Espírito Santo e de Deus.”
Fiquei pensando nisso a semana
toda. Nas vezes que desejamos que nos peçam perdão, ou desejamos perdoar em
vão. Nossos maiores medos se revelam na nossa incapacidade de amar a nós
mesmos. Citou ainda o exemplo do adultério, ele menciona as palavras de Jesus
dizendo: “Esta é a mulher que cometeu
adultério; vai e não peque mais.” O
Padre Altair ressalta que a pecadora não era a adultera, mas sim a mulher que cometeu adultério. Essa afirmação gera a oportunidade de que vá
e não peque mais; que se perdoe e que seja perdoada; e que faça de sua vida uma
vida de paz. Errar não nos transforma no erro. Essa reflexão ficou impregnada
em minha mente, por isso eu quis compartilhar com vocês para que também
reflitam. Ser flexíveis nos conduz a caminhos jamais transitados. Deixemo-nos
surpreender pelas maravilhas do bem na nossa vida. Amar a Deus sobre todas as
coisas e ao próximo como a ti mesmo. Antes de amar ao próximo é necessário amar
a si mesmo. Sacou?
Exercício para a semana: criar um
mantra seguido da oração que você mais goste se perdoando até que seu coração
fique repleto de amor universal. Vamos tentar?
Mude a sua mente e o universo
muda com você!
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